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Umidade exige controle de doenças no feijão

 

 

No Rio Grande do Sul, o cultivo do feijão da segunda safra tem enfrentado obstáculos devido à escassez de chuvas e às temperaturas mais baixas. É o que revela o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (8). Apesar de as condições climáticas recentes terem favorecido a colheita e o desenvolvimento das plantações, o prolongamento da estiagem tem impactado negativamente a produtividade da cultura, que apresenta baixa resistência ao frio.

“O clima nas últimas semanas com temperaturas e radiação solar adequadas colaborou para o avanço da colheita e o crescimento das lavouras”, informa o boletim. Ainda assim, a contínua redução da umidade no solo tem comprometido a produção, principalmente diante das temperaturas mais baixas registradas durante as noites e madrugadas, típicas da estação.

Segundo a Emater/RS-Ascar, cerca de 42% da área cultivada já foi colhida, com rendimento médio de 1.300 kg por hectare. Em algumas localidades, o potencial produtivo já mostra sinais de queda, embora os prejuízos ainda não tenham sido totalmente mensurados.

 

Na região de Frederico Westphalen, aproximadamente 80% das lavouras já foram colhidas e 20% encontram-se em fase de maturação. Em Ijuí, o avanço da colheita tem sido mais lento, atingindo apenas 6% da área plantada. “A cultura apresenta uma evolução rápida para o estágio de maturação, que já abrange 43% das plantações. As plantas têm porte elevado e boa quantidade de vagens”, destaca o relatório. O documento também aponta que a sanidade das lavouras tem sido favorecida pelo clima seco e quente, com baixa incidência de ácaros e ocorrência pontual da larva-minadora nas folhas, uma praga incomum para o feijão, mas que até o momento não causou danos significativos.

Na região de Santa Maria, a colheita alcançou 50%. A produtividade inicialmente projetada em 1.390 kg por hectare foi revisada com uma queda de aproximadamente 10%, devido às condições adversas enfrentadas ao longo do ciclo da cultura.

 

Em Soledade, a umidade relativa elevada, causada principalmente pelo acúmulo de orvalho, exigiu um controle fitossanitário mais rigoroso. A principal preocupação foi com a antracnose, que teve sua incidência aumentada pela combinação entre alta umidade e temperaturas amenas. No que diz respeito ao estágio das lavouras, 10% estão em florescimento, 80% em enchimento de grãos e os 10% restantes em fase de maturação.